Thursday 19 February 2009

"Final Cut"- reflexão crítica


Numa das aulas de comunicação digital, foi-nos dado a ver o filme "Final Cut".
Este filme recai sobre uma questão que preocupa e afecta os dias de hoje: a emergência das novas tecnologias.
Se, por um lado temos o benefício de estar cada vez mais ligados, por outro temos a questão da privacidade e do isolamento que se verifica cada vez mais.

O "Final Cut"mostra como as novas tecnologias conseguem tirar a essência da vida. Nem sempre apresentadas com sentido negativo, apercebemo-nos do quão evasivas estas tecnologias podem ser. No filme, a questão central remete para um homem que, traumatizado desde a sua infância, se refugia nesta dimensão virtual tentando assim atingir a "paz interior".

Não é de negar os privilégios e as vantagens das novas tecnologias no sentido em que há uma maior abertura e conhecimentos culturais que se verificam através de um constante bombardeamento de informação. Porém, não podemos, nem devemos nunca esquecer-nos da nossa condição: homem, ser sociável! Isto porque, cada vez mais observamos o isolamento das pessoas e a sua maior proximidade e, predisponibilidade face ás tecnologias. É neste sentido que queremos alertar-vos, terráqueos, para uma maior consciência e questionamento da utilização deste meios.

" Pegas na vida das pessoas e fazes dela mentira"

Esta frase, retraída do filme, mostra bem o quão perigosas se podem tornar estas relações virtuais. No filme, a personagem principal, tinha como profissão a de editor. A questão é que ele não era um simples editor. A sua profissão era a de reconstruir memórias.

Hoje em dia, toda a informação que temos provém de um mediador que observando o real, nos dá uma percepção deste já detorpada ( positiva ou negativa) deste. Neste sentido, achamos que o filme, numa forma mais exagerada, mostra como estes editores podem manipular-nos tanto a informação como a forma de processá-la.

O direito á informação é fundamental!
A forma como o fazem é que já fica em reticências..
No entanto não podemos ser radicais ao ponto de negar receber esta informação.
Cabe-nos a nós saber filtrá-la, absorvê-la, retê-la e aplicá-la.

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